SALVADOR PIRES (filho de Salvador Pires e de Maria Rodrigues; neto paterno de João Pires (o Gago)), n. em Portugal, e + em 1592, deve ser considerado como o fundador da família "Pires" em São Paulo. Teve sua fazenda situada acima da cachoeira Patuaí, as margens do rio Tietê, com uma légua de terra em quadro, onde grande lavoura era mantida por numerosos trabalhadores que eram índios "catequizados". Casou-se em primeiras núpcias com ....... DE BRITO e foram pais de:

APÊNDICE "PIRES" (SÃO PAULO) Sobre a origem da família Pires em São Paulo, transcrevemos da obra de Pedro Taques, in Silva Leme, 1904: Vol. 2:3-5, o seguinte: "Segundo memórias de pais a filhos, foi progenitor desta família, Salvador Pires, que de Portugal trouxe dois filhos: Manoel Pires e Salvador Pires". "Os exames nos cartórios nos levaram a descobrir a verdade sobre o assunto, que é a seguinte: entre os nobres povoadores da vila de São Vicente, que a esta ilha chegaram com o fundador dela o fidalgo Martim Affonso de Sousa em principíos do ano de 1531, vieram João Pires (o Gago), nascido no Porto, e seu primo Jorge Pires. Este João Pires trouxe consigo o seu filho Salvador Pires, o qual se casou (não se sabe ao certo se em Portugal, ou em São Vicente) com Maria Rodrigues, n. no Porto, e filha de Garcia Rodrigues e de Izabel Velho. De São Vicente passaram a Santo André da Borda do Campo. João Pires (o Gago) e seu filho Salvador Pires, com sua mulher Maria Rodrigues, ficaram em São Vicente que foi aclamada vila em 1553. Maria Rodrigues já era falecida em 1579, dado que em 1580 foi passada a seu marido quitação de haver cumprido com as disposições testamentarias da falecida sua mulher pelo prelado administrador. Por esta quitação se vê que a família Pires teve seu princípio em São Paulo neste Salvador Pires casado com Maria Rodrigues, ambos naturais do Porto, e não no supra Salvador Pires, que de Portugal trouxe dois filhos: Manoel Pires, e Salvador Pires". Mais adiante Pedro Taques diz que Salvador Pires e Maria Rodrigues tiveram dois filhos: "Manoel Pires e Salvador Pires: o primeiro foi casado com Maria Bicudo, e o segundo foi casado duas vezes, sendo a primeira vez com .......... de Brito, e a segunda vez com Mécia (Mécia-Ussú) Fernandes" (ver Apêndice "Cunha Bueno"). Entretanto Silva Leme discorda de Pedro Taques em relação ao casamento de Manoel Pires (Silva Leme, 1904: Volume 2:3-5); "existe na câmara eclesiástica de São Paulo o processo de dispensa de impedimento de consangüinidade, requerido por Nuno de Campos Bicudo em 1692, para casar com sua parenta Maria Pires da Silva, filha de Antonio Pedroso de Barros (o Moço) e de Maria Leite de Proença; nesse processo ficou firmado, por depoimento de testemunhas juradas, que o dito Nuno de Campos Bicudo foi filho de Margarida Bicudo, por esta, neto do capitão Manoel Pires, por este, bisneto de Beatriz Pires, que foi irmã (por pai) de Salvador Pires de Medeiros (o casado com Ignez Monteiro); estes últimos foram pais de Maria Pires de Medeiros casada com Antonio Pedroso de Barros, por Maria Pires, avós de Antonio Pedroso de Barros (o Moço) casado com Maria Leite de Proença, e bisavós de Maria Pires da Silva supra; eram portanto parentes do quarto grau de consangüinidade. Daqui concluimos que o capitão Manoel Pires foi filho de Beatriz Pires (cujo o marido se ignora), e por ela, neto de Salvador Pires e da primeira mulher (cujo nome se ignora), bisneto de Salvador Pires e de Maria Rodrigues - se existiu um Manoel Pires, irmão de Salvador Pires de Medeiros, não foi o casado com Maria Bicudo".

...e em segundas núpcias com MÉCIA (MÉCIA-USSÚ) FERNANDES, n. em São Paulo. Filha de Antonio Fernandes e de Antonia Rodrigues; neta materna de Antonio Rodrigues e da índia batizada pelo Padre Anchieta, com o nome de Antonia, esta, filha de Piquerobi, Maioral de Hururaí (Almeida, 1886:325-350, Silva Leme, 1903:Vol. 1:47), e foram pais de: